UNIDADE CONTRA O AUTORITARISMO! ÀS RUAS, POR DIREITOS E LIBERDADES DEMOCRÁTICAS! DITADURA NUNCA MAIS
- paraumnovocomeco
- 6 de abr. de 2021
- 3 min de leitura
27/02/2020

A manifestação convocada para 15/03 pelo núcleo bolsonarista do governo contra o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e a Esquerda é uma ação autoritária e pró-ditadura militar e como tal deve ser rechaçada nas ruas por parte de todos os movimentos sociais e entidades assim como de todas as forças políticas que defendem as liberdades democráticas. Essa manifestação de cunho absolutamente autoritária se põe contra o Congresso, o Supremo e a Esquerda, não para avançar contra os ricos através de uma democracia de base e um poder popular, mas para concentrar ainda mais o poder nas mãos de um governo que representa única e exclusivamente o capital financeiro agiota, o agronegócio e as empresas filiais das transnacionais.
Sabemos que o Congresso e o Supremo são instituições burguesas e antipopulares, mas a proposta de Bolsonaro é de maior concentração de poder. Esta manifestação é convocada no momento em que as ligações dos Bolsonaros com o crime organizado já não podem ser negadas. Bolsonaro, seu governo e seus seguidores fiéis do exército que o repaldam, são expressões de um "Estado de austeridade permanente", parte da "solução autoritária liberal" ou ultraliberal que o capitalismo de nossos dias nos impõe. Vemos que por detrás de todo esse discurso furado de um governo “trabalhador, patriota, cristão, incorruptível, etc”, estão apenas os interesses de poder e maior controle de verbas por um governo que vê crescer a oposição e que já enfrentou as primeiras greves como da Casa da Moeda, da DATAPREV, dos Petroleiros, além da ameaça da greve dos caminhoneiros. O carnaval mostrou um amplo rechaço popular ao governo e que daqui pra frente tende a crescer ainda mais. E o dia 18/03 promete parar o Funcionalismo em nível nacional contra o pacote da “Reforma Administrativa” que pretende cortar até 25% dos salários e quebrar a estabilidade dos funcionári@s públic@s.
Essa reação do núcleo bolsonarista também é visível nos motins das polícias ou ameaças em alguns estados em que, mesmo tendo reajustes maiores e regras da previdência diferenciadas, ainda se insurgem querendo mais, e com associações se referindo e apoiando diretamente o governo Bolsonaro.
Entendemos que esse chamado ao dia 15/03 ainda não é uma ação visando um golpe no imediato. As principais forças sociais no poder não estão ameaçadas o suficiente para vislumbrar um processo ditatorial que traria uma série de traumas. Quem está mais ameaçado no momento não é tanto a burguesia como classe mas o grupo diretamente ligado à Presidência. Mas embora não se trate de uma ação golpista imediata, esta não pode ser descartada para um futuro próximo. O simples fato desse grupo ter respaldo de um setor de massas mesmo que ainda minoritário já é extremamente preocupante e deve ser combatido por todas as forças. A direita não-fascista observa, mas embora um golpe não seja sua opção prioritária, no limite não teriam muito a perder com o endurecimento do governo.
Então somos nós, população trabalhadora e juventude, que devemos aumentar o estado de alerta e de mobilização. É preciso a mais ampla unidade Pelos Direitos e Liberdades Democráticas com o chamado às mobilizações de rua. Começando por tod@as ao 08/03 (Dia Internacional de Luta da Mulher)! O 18/03 deve ser transformado em um Dia Nacional de Paralisações e Manifestações em todas as categorias, universidades, convergindo para grandes ações de massas que dêem uma resposta contundente não apenas à contraofensiva autoritária mas também ao empresariado, ao Congresso e Supremo, contra a retirada de direitos, as contra-Reformas e privatizações. Esse deve ser o chamado das centrais sindicais, movimentos populares e partidos de esquerda para fortalecer as manifestações contra o governo e o golpismo.
É necessário essa unidade mesmo sabendo e deixando claro que temos as divergências e críticas como ao fato de que o PT e PC do B vem implementando a reforma da Previdência nos estados em que governam e o PDT teve maioria de seus deputados votando a favor da Reforma da Previdência. Essas políticas são prejudiciais e jogam água no moinho do bolsonarismo que aproveita para se isentar. Por isso ao mesmo tempo que defendemos toda unidade possível pelos direitos e liberdades democráticas contra a ultradireita e o golpismo, precisamos apontar essas diferenciações e construirmos junto aos movimentos uma saída própria da esquerda socialista para o país.
- NÃO AO AUTORITARISMO! DITADURA NUNCA MAIS! POR DIREITOS E LIBERDADES DEMOCRÁTICAS! - NÃO À REFORMA ADMINISTRATIVA, NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES! - REFORMA TRIBUTÁRIA COM IMPOSTO PROGRESSIVO SOBRE OS MAIS RICOS E AS FORTUNAS! - AUDITORIA/NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA AOS AGIOTAS! - INVESTIMENTO DO ORÇAMENTO EM UM PLANO DE GERAÇÃO DE EMPREGOS, EDUCAÇÃO E SÁUDE PÚBLICAS! - FIM DO FEMINICÍDIO, DA LGBTFOBIA E DO EXTERMÍNIO DA POPULAÇÃO NEGRA E INDÍGENA!
Fevereiro de 2020
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