Todxs aos Atos Fora Bolsonaro em 07/09!
- paraumnovocomeco
- 17 de set. de 2021
- 4 min de leitura
03/09/2021

- Todxs aos Atos Fora Bolsonaro – 07/09! - Abaixo o autoritarismo e o golpismo! Sem retrocesso dos direitos democráticos! - Contra a carestia, as contrarreformas, o desemprego, o corte dos direitos sociais! - Defender uma agenda popular a partir dxs de baixo! Nesse 7 de setembro estará em questão uma medição bem real de forças. De um lado o governo Bolsonaro e os setores mais retrógrados da sociedade (agronegócio, bancada reacionária das Igrejas evangélicas, bancada das armas) que falam em nacionalismo mas entregam todas as riquezas naturais e de produção ao capital e ao imperialismo. De outro lado os setores da classe trabalhadora, os movimentos sociais diversos (mulheres, negrxs, LGBTQIA+, Ambiental, Povos Indígenas, etc.) que lutam de fato por um país independente e por uma sociedade justa e democrática. O governo Bolsonaro e seu pequeno exército de seguidores negacionistas, inimigos das demandas sociais e democráticas, buscam as condições para o prosseguimento de sua contraofensiva autoritária que ameaça inclusive com a aventura de um golpe ou levantes armados que não apenas não aceitem o resultado das eleições em 2022, mas desde já, se coloquem como uma força de ataque direto e inclusive físico aos movimentos e ativistas e quanto mais a crise e as lutas se acirrem. Aliás, o clima de tensão tende a ser permanente, com sucessivos questionamentos aos governos de plantão que não se alinharem aos interesses desse setor. Sendo assim, mostrar força no próximo dia 07/09, tornou-se de extrema importância, impondo uma derrota ao bolsonarismo nessa batalha pela presença nas ruas e nos rumos da conjuntura que virá por aí. Um peso forte dos movimentos sociais e de suas bandeiras certamente pode ter impacto em acelerar seu desgaste ao invés de sua recomposição. Por isso, a primeira tarefa de todxs nós é, convocarmos amplamente para os Atos Fora Bolsonaro de 07/09! Além desse chamamento amplo, é muito importante organizarmos a ida coletiva aos Atos! A maioria dos setores empresariais que romperam com Bolsonaro, ainda pretendem aproveitar a unidade do chamado “Centrão” em torno da preservação de seu mandato, para com isso, concluir o máximo de reformas e ataques que sejam possíveis até as eleições de 2022. Se depender desses setores burgueses e seus representantes políticos não haverá sequer impeachment, apenas um desgaste do governo enquanto tentam construir uma 3ª via contra Bolsonaro e Lula. Caso a esquerda não se ponha com força nas ruas, essa possibilidade também pode se concretizar. E mesmo que por algum agravamento da situação política deem andamento ao Impeachment será com o objetivo de preparar justamente essa 3ª Via do empresariado. Assim a luta pelo Fora Bolsonaro e Mourão precisa ser também a luta contra a agenda econômica que vem sendo implantada violentamente desde 2016 com Temer, aprofundada por Bolsonaro, Guedes e o Congresso, que serve ao grande capital. Interromper essa agenda e reverter as medidas tomadas desde o Impeachment de Dilma é estratégico para recobrar as condições de atender as demandas sociais agravadas pela pandemia e pela crise econômica. Mas, os setores da burguesia se por um lado disputam entre si, se unem quando se trata das contrarreformas, para atacar os nossos direitos e privatizar como tem mostrado as votações no Congresso. Por isso não cabe a política de esperar as eleições de 2022, pois significa tanto a possibilidade de Bolsonaro recuperar pelo menos parte de sua popularidade e com isso pretender por em prática suas tentativas golpistas, como também abrir espaço para um possível crescimento da chamada 3ª Via... Nessa perspectiva, o caminho de Lula (PT) é temerário, pois está indo, cada vez mais, à direita, seja no programa, defendendo que as estatais sejam empresas de capital misto (uma forma de privatização) e sendo contra a taxação das fortunas e lucros, assim como nas conversas e negociações com lideranças empresariais e da direita (Jader Barbalho, Sarney, Kassab e muitos outros), que já mostraram sua vocação golpista e antipovo (inclusive alguns dos quais votaram pelo impeachment de Dilma Roussef). Isso não agrega e só contribui para a perda de credibilidade das figuras políticas, mesmo da esquerda parlamentar. A alternativa necessária não pode ser um vale tudo eleitoral rumo a 2022. Não se pode deixar a ofensiva nas mãos da ultradireita ou da direita, pois elas crescem quando a esquerda não consegue apresentar propostas de programa e práticas que se ligue/dialogue com as necessidades da maioria das pessoas. O desafio é levar a luta pelo Fora Bolsonaro ligando-a às lutas contra a pauta econômica e social do empresariado, que está em curso através desse governo e do Congresso. É preciso manter e ampliar as mobilizações de rua, mas, combinadas com ações de maior impacto econômico e social, como por exemplo UM DIA NACIONAL DE LUTAS, PARALISAÇÕES E OCUPAÇÕES. Nesse sentido, precisamos avançar debatendo nas bases, redes sociais etc., a partir de uma alternativa econômica e política dxs de baixo. Sugerimos alguns pontos centrais para essa agenda popular contra a agenda do empresariado: - Contra a carestia dos alimentos, remédios e outros bens de primeira necessidade! Redução drástica dos preços dos bens da cesta básica! - Redução drástica do preço dos combustíveis derivados de petróleo via redução do lucro dos acionistas da Petrobrás - Não ao Marco Temporal e a PEC 32 (contrarreforma administrativa)! - Auxilio emergencial de 1 salário mínimo enquanto durar a pandemia e a crise! Taxação das grandes fortunas e auditoria/não pagamento da Dívida Pública aos agiotas, para pagamento do auxílio emergencial e investimento no SUS, na Educação Pública e outros serviços sociais! - Reforma urbana com levantamento e expropriação dos imóveis ociosos! - Reforma Agrária com o fim do latifúndio, investindo-se em uma agricultura agroecológica! - Defesa dos territórios indígenas e quilombolas, com a demarcação e reconhecimento dos que já estejam ocupados ou venham a ser recuperados! - Políticas de reparação social, de gênero e LGBTQIA+ Já! A construção de experiências de produção, intercâmbio e organização de base em vários aspectos podem e devem se voltar contra o capital de conjunto buscando ao mesmo tempo o diálogo com os movimentos sociais mais tradicionais e vice-versa em cima de um programa mínimo comum. 03/09/2021 Para Um Novo Começo – Centro Político Marxista
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