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MULHERES NA PANDEMIA: UM VÍRUS E VÁRIAS GUERRAS. A LUTA CONTRA O PATRIARCADO E O CAPITAL

  • paraumnovocomeco
  • 11 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

05/04/2021


O mês de março se encerrou e junto com ele encerram-se 66.8 mil vidas. E o mês de abril, de acordo os especialistas, tende ainda pior que março.

Dentro desse contexto catastrófico as mulheres ficam ainda mais ameaçadas: por um lado pelo vírus pois estão mais concentradas nos setores da saúde, educação, serviços sociais e de limpeza, alojamentos, alimentação, casas de repouso, enfim atividades que estão diretamente relacionadas ao cuidado e, portanto mais vulneráveis ao distanciamento social, o que favorece ao maior índice de infecção das mulheres (apesar de número maior de óbitos serem de homens).

Por outro lado, a violência doméstica que não decorre do confinamento, mas sim do patriarcado e são acentuadas com as tensões geradas pelo isolamento social, pela perda de emprego, sobrecarga de trabalho doméstico, convivência em tempo integral com agressor.

Um outro ponto agravante é o aumento do desemprego. Segundo o Grupo de Estudos e Acompanhamento da Conjuntura Econômica (GEACE), foram 688,5 mil mulheres demitidas entre março e setembro de 2020. Por estarem saindo em maior quantidade do mercado formal, as mulheres são o grupo com maior dificuldade para retornar; isso devido à divisão sexual do trabalho que atribui apenas às mulheres os cuidados dos filhos e tarefas domésticas não remuneradas. Fator esse último que se aprofundou e deixou mais nítido a importância do trabalho reprodutivo e do trabalho doméstico para o capital.


EXPERIÊNCIAS E RESISTÊNCIA! Mesmo no período de pandemia com tantos ataques e mortes, as mulheres resistem e constroem. Temos balanço de várias ações de solidariedade que vem ocorrendo no país, muitas direcionadas e organizadas por mulheres, o grupo de MMC (movimento de mulheres camponesas) por exemplo possui projetos de ações solidárias de produção e distribuição de alimentos em todo o país, além das atividades virtuais de solidariedade e formação de companheiras. Associação de consumo ligado ao movimento MST, ações de solidariedade para aldeias indígenas, lives e grupos de estudos de formação (algumas estão disponíveis em nossa página).

Professoras das redes estadual e municipal de São Paulo fizeram greve sanitária enfrentando a truculência do governo Dória. Professoras da rede municipal ainda permanecem em greve e muitas com corte de ponto.

Tivemos o 08M com atividades mais simbólicas, devido a pandemia, com denúncias, protestos virtuais, faixas, panelaços, carreata e com a bandeira da luta pela vacina para todes e Fora Bolsonaro.


Diante disso, defendemos:

● Renda de um salário mínimo para todes acima de 16 anos que estejam desempregados ou sem rendimentos, e valores maiores para mães solo; ● Auxílio específico para agricultura de produção de alimentos familiar e camponesa; ● Investimento na ciência e defesa do SUS; ● Vacina para todes e rápido! ● Contra o retorno das aulas presenciais durante a pandemia; ● Denúncia da responsabilidade do governo Bolsonaro pelas mortes e o atraso de compra e viabilização das vacinas; ● Desapropriação de terrenos ociosos para fins de reforma urbana e agrária. Hortas comunitárias; ● Casas de abrigos para mulheres e população LGBTQIA+ vítimas de violência doméstica e/ou ameaças; ● Fora Bolsonaro!

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