top of page

ARMAÇÕES DE MORO COM PROCURADORES DA LAVA JATO:A JUSTIÇA NÃO TEM NADA DE NEUTRA...

  • paraumnovocomeco
  • 28 de fev. de 2021
  • 3 min de leitura

13/06/19


As revelações do site Intercept escancararam as relações mais do que espúrias, de Moro com os procuradores da Lava Jato. Moro sai completamente do seu papel de juiz e orienta descaradamente não apenas com argumentos, procedimentos, mas até combinação da ordem das próprias operações da Lava-Jato.

Com apenas 1% de material divulgado, já é possível ver a ponta do iceberg de uma clara operação política casada para manipular e iludir a opinião pública, esquema montado para condenar Lula mesmo sem provas cabais e dessa forma o tirar das eleições e abrir caminho para uma candidatura da direita (o projeto inicial da burguesia) ou ultradireita (o que acabou prevalecendo).

Essa prática que se acentuou a partir das jornadas de junho de 2013 e avançou com o Impeachment de Dilma teve sua conclusão com a condenação mesmo sem provas cabais de Lula com a única finalidade de o retirar da eleição justamente quando liderava com folga as pesquisas de 1º e 2º turnos em todos os cenários.

Isso tudo foi a serviço da implantação de uma agenda neoliberal pura e dura, primeiro com Temer e agora com Bolsonaro, Guedes, Moro e os militares como tutela. No centro dessa agenda temos a o fim da Previdência e do direito de se aposentar, o fim de todos os direitos trabalhistas (com a carteira verde-amarela), a privatização/entrega das estatais que ainda restam e dos recursos minerais e terras.

Não se trata de defender o PT e seu projeto de conciliação com a burguesia. Isso o levou a não adotar as mudanças necessárias para resolver a estrutura dos problemas sociais no país ficando na superfície dos problemas. O PT manteve a dependência estrutural do Brasil, pagando em dia o sistema da Dívida Pública com juros e amortizações de 1 trilhão ao ano, ou 40% do orçamento federal, sem sequer realizar uma auditoria; manteve a dependência do agronegócio e da estrutura do latifúndio sem fazer a reforma agrária, para citar apenas 3 casos.

No entanto, com o agravamento da crise estrutural do capital a partir de 2008, que se tornou visível no Brasil a partir de 2013, a burguesia não podia mais seguir com um governo e um projeto de conciliação de classes como o PT. O capital internacional e a burguesia ambicionavam ataques muito mais profundos, rápidos e diretos, sem qualquer mediação. Por isso a armação do Impeachment e também para que Lula não pudesse disputar as eleições, participar de comícios, ou mesmo dar entrevistas na cadeia orientações que ficam nítidas nas conversas entre Moro e os procuradores, divulgadas agora pelo Intercept. O resultado foi a vitória de um candidato esdrúxulo, mas representante do projeto e da necessidades do capital.

Bastaram poucos meses para que a imagem de Mito, exacerbada com a “facada”, suas lives e fakenews, passasse a se esvair ao menos parcialmente, com a continuação da crise econômica, dos conflitos e contradições tanto com os demais poderes como partidos e também de sua própria base aliada, o caso Queiroz e seus laranjas, a vinculação com as Milícias, o envolvimento de seu filho em um esquema quando era deputado estadual, aliaram-se à sua intransigência e ataque às universidades e o corte de 30% das verbas previstas para 2019.

As manifestações do dia 15 e do dia 30 mostraram um aumento do descontentamento ao trazer para as ruas até pessoas que votaram no inominável.

Agora, as revelações do Intercept são uma bomba e vêm se somar a esse conjunto de questões que passam a questionar o governo Bolsonaro e toda a armação que se formou no país para colocar no poder essa quadrilha de milicianos e falsos profetas.

Com as revelações ainda iniciais do Intercept começa a cair a máscara de Moro e da Lava Jato que beneficiou a eleição de Bolsonaro/Mourão. O Judiciário (da primeira instância ao STF), apresentado como o poder que poderia “limpar o Brasil da corrupção e do crime” mostra o que é na verdade: um poder da estrutura do Estado que não hesita em barrar qualquer possível um que seja obstáculo mesmo que apenas parcial para as classes dominantes e possa trazer mesmo ganhos mínimos e superficiais para os trabalhadores.

O que já se vislumbrava antes, agora são fatos que colocam a possibilidade de aliar esse desgaste à luta contra as Reformas particularmente a da Previdência, mas também contra os demais ataques.

Diante disso vemos como importante um posicionamento:

- Liberdade para Lula e que tenha um julgamento justo, transparente e sob controle popular!

- Fora Moro, Deltan Dalagnol e demais juízes e procuradores envolvidos!

- Contra a Reforma da Previdência! Revogar as Reformas de Temer!

- Impor essas medidas através das greves, paralisações e nas ruas!


Commentaires


bottom of page